Fonte: Rooseveltat

Quando não prestamos atenção na maneira em que nos conduzimos na vida, acabamos fazendo aquilo que condenamos nos outros.

Guardando sempre as melhores intenções, tomamos partido em defender posturas éticas e corretas, sempre indo ao encontro dos acontecimentos que experimentamos em nossa vida.

Quem é vítima da violência, claramente se coloca contra ela, mas esquecemos de algo importante, de que a violência é sempre a violência e assim, não nos juntamos, ao contrário, nos dividimos muito mais.

Existem uns que se mobilizam contra a violência à criança, mas não se interessam em combater a violência ao idoso.

Outros são determinados a trabalhar contra a violência aos animais, mas não participam das campanhas para aniquilar a violência contra a mulher.

Faixas e manifestações se erguem para inibir a violência contra o homossexual, os negros e por ai vai.

Por que essas divisões? Certamente que elas mais enfraquecem nosso movimento do que promovem conscientização. O ideal seria nenhum de nós levantarmos bandeiras particulares e todos juntos trabalharmos combatendo a violência – qualquer que seja ela.

Unidos, todos contra todo tipo de violência, seríamos mais fortes e eficazes no processo de extirpar essa chaga moral.

Na conclusão de  O Livro dos Espíritos, Santo Agostinho expressou: “Jamais os bons Espíritos foram os instigadores do mal; jamais aconselharam ou legitimaram o assassínio e a  violência; jamais estimularam os ódios dos partidos, nem a sede das riquezas e das honras, nem a avidez dos bens da Terra.

Os que são bons, humanitários e benevolentes  para com todos, esses os Seus prediletos (de Deus) e prediletos de Jesus, porque seguem a estrada que este lhes indicou para chegarem até Ele” vejam bem – ‘para com todos’ e isso é consciência real da necessidade de eliminar por completo a violência no mundo, pela elevação moral.

Claro que devemos participar das campanhas para evitar todas as formas de violência, pois isso é a organização do bem, mas devemos lembrar que o primeiro passo para eliminar o mal e a violência no mundo, é combate-la primeiro dentro de nós. Não podemos ser contra algo que cultivamos, mesmo que com outra roupagem.

Promover e praticar o bem é uma necessidade para os equivocados e um dever aos lúcidos. Abraçar uma causa específica contra uma determinada forma de violência, certamente que já é um começo, contudo, nos posicionarmos contra toda a violência a ponto de eliminá-la por completo em nós é o grande objetivo, ou ela – a violência, poderá prosseguir existindo dentro de nós em outra denominação.

Na mesma obra já citada, temos na questão 642: “Para agradar a Deus e assegurar a sua posição futura, bastará que o homem não pratique o mal?”E como resposta temos: “Não; cumpre-lhe fazer o bem no limite de suas forças, porquanto responderá por todo mal que haja resultado de não haver praticado o bem”, assim, não temos como praticar mais ou menos o bem, combater o mal pela edificação do bem é tarefa intransferível de toda consciência desperta e que já possa entender no mínimo de que, quem não ajuda e não atrapalha, já atrapalha o suficiente.

 


A vida de Chico Xavier

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