Por: Vania Mugnato de Vasconcelos

Certas religiões acusam o Espiritismo de realizar necromancia (adivinhação através de consulta aos "mortos"), o que é proibido pela bíblia.

E por mais que achem estar fazendo um alerta espetacular, o Espiritismo também repudia essa conduta.

A mediunidade não é um modo de facilitar a vida consultando os espíritos. É uma ponte sagrada de comunicação com aqueles que partiram antes de nós, mostrando que a vida continua, que o amor é infinito, que a presença não se perdeu. Além disso, aos questionadores sérios, a mediunidade é canal que ensina sobre a motivação da existência na Terra, nossa origem e destino, de modo que sejamos incentivados ao desenvolvimento moral e intelectual que nos tornará espíritos puros um dia.

Isso nos leva a refletir na qualidade do médium.

Existem tipos de médiuns, e isso não apenas quanto as características de seus dons (interessados no assunto leiam "O Livro dos Médiuns", de Allan Kardec).

Há médiuns bons, nobres em seus ideais, assim como os há interesseiros e desconectados dos valores morais; há, ainda, os falsos médiuns, que nunca tiveram a capacidade ou a perderam por mau uso.

Como reconhecê-los se os médiuns são pessoas comuns, com virtudes e imperfeições, em árdua luta como todos, para sua evolução?

Um médium nobre e com boa capacidade de comunicação, não precisa pedir dados pessoais como documentos e fatos relevantes da vida da pessoa que pretendemos que se comunique conosco. Um médium nobre não cobrará pelo seu trabalho mediúnico, vez que não se deve cobrar pelo que não se pagou - "dai de graça o que de graça recebestes", disse Jesus.

Importante lembrar que uma mensagem não é boa por causa de sua origem mediúnica, mas do seu conteúdo. Ainda que se aprecie o médium, que ele seja famoso ou que se tenham dito que ele “sabe tudo”, é o significado do que foi escrito que deve ser analisado, não a superficialidade das palavras, mas seu sentido mais profundo: devemos observar se traz informações úteis, se incentivam às virtudes; se por detrás de um "ame", não existe um senão, um talvez ("ame enquanto for amado"). O mal pode ser facilmente escondido num ilusório bem, se quem o vê não se dedicar a ir além das aparências...

Deixemos de acreditar em algo somente por ter sido escrito mediunicamente. Observemos, assim como o Espiritismo ensina, não só a conduta daquele que foi o intermediário, mas sobretudo o que está escrito por detrás das palavras ditas.

E recordemos que podemos nos decepcionar por encontrar médiuns descuidados e invigilantes que não fazem seu trabalho de forma desinteressada e amorosa; podemos encontrar médiuns fraudulentos e interesseiros; mas o verdadeiro médium, este servidor do Pai na Terra, está entre nós também, cumprindo silenciosa e discretamente o seu mister.

Para não se deixar enganar, é preciso ir além da crença, é preciso compreender: compreende aquele que estuda!


A vida de Chico Xavier

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