Fonte: Letra espirita - Por: Juliana Procopio

É muito comum em momentos de despedidas após o desenlace de um ente querido ou uma pessoa conhecida que esteve

doente, por exemplo, ouvirmos as pessoas se referirem a quem partiu com a expressão, “em fim descansou”.

Mas para os espiritistas a morte é apenas uma passagem. Ao regressarmos para a vida verdadeira, ou seja, a do espirito, após um período de readaptação ao plano espiritual (que diverge de pessoa para pessoa de acordo com a forma que chegou até lá), é reapresentado a forma de vida na Colônia para qual seguimos e passamos a conhecer como ela funciona.


No livro “Nosso Lar”, André Luiz que em sua ultima reencarnação fora um médico, após conseguir se reequilibrar passou a trabalhar na acolhida aos irmãos que chegavam ao “hospital” assim como ele foi acolhido um dia após sua passagem pelo umbral.

Ao regressar ao mundo espiritual continuamos tendo nosso livre arbítrio e podemos decidir se ficaremos ociosos e contemplativos ou se buscaremos formas de trabalhos que auxiliem ao próximo e magnificamente a nós mesmos, assim como nos traz essa passagem da Revista Espírita de Julho de 1865:

Dia virá em que os homens, vencidos pelos males engendrados pelo egoísmo, compreenderão que seguem o caminho errado, e Deus quer que eles encontrem o caminho à sua custa, porque lhes deu o livre arbítrio. O excesso do mal lhe fará sentir a necessidade do bem, e eles se voltarão para este lado [o do bem], como para a única tábua de salvação. Quem os levará a isto? A fé séria no futuro, e não a crença no nada após a morte; a confiança num Deus bom e misericordioso, e não o medo dos suplícios eternos.

Assim todos nós quando tomarmos consciência do que realizamos em nossa ultima oportunidade aqui na Terra, ou da perda dessa oportunidade com escolhas equivocadas, nos apresaremos a servir na busca pelo tempo perdido.

No Livro dos Espíritos na questão 149 os espíritos nos explicam que a alma logo após a morte volta a ser Espírito, ou seja, retorna ao mundo dos Espíritos, que havia deixado temporariamente conservando sua individualidade (LE150) que nunca a perde e mesmo não tendo seu corpo material (LE150a) ela ainda tem um fluido que lhe é próprio, tomado da atmosfera de seu planeta e que representa a aparência de sua última encarnação: seu períspirito. Assim escolhe ou não manter a forma que teve na sua última encarnação ou aquela forma que melhor lhe agrada ao trabalho que irá desenvolver.

Dessa vida nada carregamos LE150(b) além das lembrança e o desejo de ir para um mundo melhor. Essa lembrança é cheia de doçura ou amargura, de acordo com o emprego que fez da vida. Quanto mais pura, mais compreende a futilidade do que deixa na Terra.

Outras religiões defendem que os mortos ficarão dormindo até o dia do juízo final. Outras acreditam no céu e no inferno* e na punição eterna aqueles que fizeram escolhas erradas e que não terão direito a vida eterna. Para nós os espiritistas (LE153) é a vida do Espírito que é eterna; porém, a do corpo é transitória e passageira.

O tempo é algo muito valioso na vida do espírito. Quando encarnados seguimos um cronograma estabelecido por nós e nossos mentores e podemos atingir o que nos propomos ou nos afastar de acordo com nosso livre arbítrio.

Na espiritualidade ao tomarmos consciência do que avançamos ou não, podemos buscar continuar estudando e trabalhando em prol de nossa evolução auxiliando outros irmãos.

O tempo é valioso e geralmente muito bem empregado. As colônias espirituais como já vimos em Nosso Lar e outras psicografias nos mostram que as colônias são muito parecidas com as cidades que conhecemos, no entanto possuem características próprias que ainda não estão disponíveis a nós encarnados como o aerobus, por exemplo. Dependendo da evolução de cada espírito aprende-se a se higienizar e se alimentar fluidicamente. Aos demais ou para os que assim preferem é ofertado alimentos frugais como pães, frutas e água e a higiene comum.

Todos de acordo com seu momento irão buscar usar da melhor forma possível o tempo até a próxima encarnação se preparando para está da melhor forma possível. A ideia do total ócio é descartada conforme o espírito vai percebendo que é o único responsável por sua evolução e suas escolhas.

Portanto, a expressão “descanse em paz”, pode muito bem ser trocada por “seja muito bem acolhido”, ou “até breve”. Um dia todos nós nos reencontraremos do lado de lá.

E enquanto estamos por aqui, que tal seguir o que nos disse Mário Quintana para aproveitar melhor o tempo que temos aqui enquanto encarnados:

Na convivência, o tempo não importa.
Se for um minuto, uma hora, uma vida.
O que importa é o que ficou deste minuto,
desta hora, desta vida...
Lembra que o que importa
é tudo que semeares colherá.
Por isso, marca a tua passagem,
deixa algo de ti,...
do teu minuto,
da tua hora,
do teu dia,
da tua vida.

Sejamos Luz!

Paz e Bem!


A vida de Chico Xavier

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