Fonte: Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo

Todos se chocaram com o acidente aéreo ocorrido com o time do Chapecoense e ficaram indagando: se tivesse ocorrido algum fato diferente, ao longo de todos os eventos que antecederam o acidente, ele poderia ser evitado?, como se fosse possível prever determinados acontecimentos.

Será que o homem tem o livre-arbítrio ou está sujeito à fatalidade?

Acredito que se o homem estivesse sujeito à fatalidade não haveria para ele responsabilidade pelos equívocos que cometesse e, por outro lado, nem mérito pelo bem que viesse a praticar.

Por outro lado ainda, o Criador não é um ser, é uma inteligência suprema, causa primária de tudo que existe, e que é Amor – jamais estaria sentado em seu trono jogando dados: “Agora afundei um Titanic, dessa vez foi incêndio numa boate, agora é mais um avião que derrubo”...

Jamais! Os homens são livres para fazer escolhas e passam depois pelo resultado dessas escolhas, tornando-se escravos de seus resultados, que não estão vinculados apenas à existência corporal de agora, mas à sua vida de espírito, com múltiplas reencarnações passadas, desde a sua origem, no princípio da criação.

Vivemos os efeitos das Leis estabelecidas por Deus, que nos aprimoram o ser em cada existência. Uma dessas leis é a lei de causa e efeito, ou lei do retorno, conforme diz Jesus: “A cada um segundo suas obras”.

Os efeitos e o aparecimento dessa “cobrança”, que é o retorno de uma ação, pode se dar de imediato, após a morte, ou em outras reencarnações.

E diante dos efeitos desagradáveis dessa lei de causa e efeito, qual deve ser nossa atitude? É uma crise!
Diante dela devemos aproveitar a oportunidade para o crescimento moral e espiritual.

Primeiro passo: aceitar com resignação tudo o que não for possível mudar, aceitar com serenidade e sem revolta, por entender que é consequência de nossos próprios atos, ou entendendo que é uma oportunidade que Deus nos oferece de aprendizado espiritual.

Segundo: não ficar parado; ter ação no bem, para atenuar o mal e fortalecer a fé no Poder Superior, O Qual está lhe oferecendo uma prova neste momento. Ficar parado é se imobilizar na dor e no sofrimento, e isso vai nos derrotar.

Toda crise não é um final e sim um processo de crescimento, não é para nos derrotar, mas para trazer a vitória sobre nós mesmos, com nossa aceitação. Tragédias acontecem no mundo todo, não somos exclusivos nesta hora de teste. Outros já passaram por ela e superaram, vamos também superar.
Outra lição é que alguma coisa vai mudar em nossa vida, não podemos entrar e permanecer ou ficar do mesmo modo, tem que haver mudança. Uma delas é o conhecimento que obtemos na crise, para enfrentar emocionalmente mais preparados outras situações e vencê-las. As emoções negativas, como a separação de entes queridos com a morte trágica, podem nos fortalecer na fé e no poder de Deus sobre nossa vida. Entendemos que estamos todos de passagem por este mundo. Crise é um tempo para adorar a Deus e viver n’Ele em segurança.

Aqueles que partem para a vida espiritual têm a ajuda de Deus – podemos ficar seguros quanto a disso. Há bons espíritos que, segundo os desígnios divinos, cumprem a tarefa de auxiliar os que morrem; entre esses estão os familiares e amigos que tomaram o trem antes e vêm socorrer os que chegam à porta da eternidade, do outro lado da vida, e isso lhes dá muita confiança, serenidade e também alegria pelo reencontro, mesmo sentindo saudades daqueles que ficaram aqui na Terra.


A vida de Chico Xavier

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