Por: Richard Simonetti

Avançam as pesquisas sobre a reencarnação. Há incontáveis livros publicados, particularmente na Europa e nos Estados Unidos. Envolvem aspectos variados, com destaque para as reminiscências espontâneas.

É significativo o número de pessoas que se recordam de vidas passadas. Algo ponderável, principalmente por envolver, geralmente, crianças sem nenhum interesse ou capacidade para forjar histórias fantásticas. Por outro lado, a Terapia das Vivências Passadas (TVP) coloca médicos e psicólogos em contato com vidas anteriores dos pacientes, acumulando evidências e farto material para pesquisa.

Dizia-nos um psicólogo:

– Já não tenho dúvidas sobre a Reencarnação. Eu a vejo, clara, inconfundível, nas reminiscências induzidas, em que meus pacientes descobrem, surpresos, acontecimentos de ontem que estão repercutindo hoje em seu psiquismo, originando males variados. Eles superam muitos problemas a partir dessas experiências. Passam a lidar melhor com fobias e desajustes diretamente relacionados.

Não há como negar o peso da reencarnação na balança de nossa economia psíquica. Freud estava no caminho certo quando concebeu que nossos males guardam relação com experiências traumáticas do passado. Infelizmente, por não aceitar a reencarnação, resvalou para a fantasia em suas conclusões.

Para nós, espíritas, o avanço das pesquisas sobre a reencarnação constitui motivo de satisfação. Gratificante ver nossa crença disseminada, nossos princípios evidenciados, influenciando os profissionais de saúde, a caminho de uma medicina psicossomática, interessada em desvendar os mistérios do Espírito imortal para resolver os problemas do homem perecível.

Consideremos, entretanto: Não basta constatar uma realidade. Imperioso que repercuta em nossa vida. Não basta admitir ideias. É preciso cultivar ideais.

A reencarnação não é apenas um princípio lógico e racional, que explica as diferenças humanas. Fundamental ver nela um precioso estímulo, ajudando-nos a superar nossas próprias limitações.

Para tanto, é preciso formar uma consciência reencarnatória, a convicção de que estamos em trânsito pela Terra, numa viagem que se iniciou há milênios antes do berço, e se estenderá rumo ao infinito, além-túmulo.

Não podemos nos limitar aos interesses materiais, à satisfação de nossos desejos em relação ao imediatismo terrestre, visando sucesso, conforto, riqueza, prazer… Acima de tudo, cogitemos da edificação de nossas almas, o empenho em superar imperfeições, valorizando o ensejo de aprendizado da jornada humana.

Oportuno indagar, diariamente, a nós mesmos:

O que cultivo – iniciativas, desejos, interesses, atividades – diz respeito a minha condição de Espírito imortal?

Estou crescendo em conhecimento, responsabilidade e discernimento? Ou tenho privilegiado o homem perecível, a perseguir ilusões?

Fundamental essa análise introspectiva. Há algo de vital importância em jogo: O nosso futuro!


A vida de Chico Xavier

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