Por: Eduardo Rossatto

Orai e vigiai, pois todo cuidado é pouco. Tudo começa com uma queixa banal sobre o cachorro da vizinha que latiu a noite toda.

Depois, uma discussão boba sobre o mais bobo dos assuntos. Mais tarde, como a tampa da panela lhe escapou das mãos, você solta um palavrão. E aí vem os descontroles, irritação, impaciência e os fantasmas do passado: mágoas, ressentimentos e lembranças sombrias. Quando você se dá conta, já está fora de si e totalmente desequilibrado espiritualmente. Como Emmanuel escreveu no capítulo 23 da obra "Estude e Viva", o grande desastre é a soma dos pequenos descuidos.

Por essa razão, muito cuidado com esses "pequenos descuidos" que nos levam à um desequilíbrio tão grande a ponto de nos desestabilizar por completo. Quantas discussões inúteis por causa de coisas sem valor! Quantas lágrimas por pequenos motivos!

É de suma importância a manutenção do nosso "orar e vigiar" constantemente para que não cheguemos ao ponto de desequilíbrio. Por "orar", podemos, além da prece, preservar a mente de pensamentos sombrios, procurando nos poupar de uma "super preocupação" desnecessária e inútil, nos mantendo em sintonia com o Alto e com as belezas da natureza; por "vigiar", o que devemos fazer é se esforçar para filtrar o bom das coisas e o melhor das pessoas, não permitindo que o mal encontre guarida no coração, de modo a não escurecer os pensamentos.

Viver é uma arte, como já disseram os poetas. Vamos desenvolver essa arte, portanto, no cuidado com as pequenas coisas para que elas não cresçam e tomem conta da nossa vida. Vamos cortar o mal pela raiz, não permitindo que os pequenos descuidos diários se tornem um grande desastre. Pois não se engane, nós somos muito frágeis; qualquer desatenção pode ser fatal.


A vida de Chico Xavier

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