Fonte: Espírito

Diante de crimes hediondos, suicídios, tragédias provocadas (como atentados e sequestros dramáticos), a perplexidade domina os círculos da sociedade humana.

É importante, de início, já informar: ninguém nasceu predestinado a matar ou a matar-se. Matar ou matar-se são resultantes da liberdade de agir. Estamos todos destinados ao progresso e o desajuste das emoções, do equilíbrio, é o grande responsável por tais tragédias. Estamos absolutamente convidados à harmonia na convivência, à solidariedade nas iniciativas.

Referida liberdade de decisão, no entanto, nos sujeita a reparações que virão a seu tempo. Isso por uma razão muito simples: somos responsáveis pelo que fazemos. A vida e suas leis determinam essa responsabilidade intransferível, deixando bem claro que toda lesão que causamos a nós mesmos ou a terceiros teremos que reparar. Não é castigo, mas apenas conseqüência.

E as vítimas? Como ficam essas pessoas? Por que sofrem atentados e se tornam vítimas de crimes passionais, etc? Podemos acrescentar outras questões: Por que Deus permite? Por que uns se livram inesperadamente de determinados perigos, enquanto outros deles são vítimas? Por que ocorrem com uns e com outros não? Qual o critério para todas essas situações?

Apesar da dor e sofrimentos decorrentes, e da não justificativa – sob qualquer pretexto – de gestos que violentem a vida, as chamadas vítimas enquadram-se em quadros de aprendizados necessários ou de reparações conscienciais perante si mesmos, envolvendo, é claro, os próprios familiares.

Por outro lado, os autores – apesar de equivocados e cruéis – são dignos de piedade, uma vez que enfermos. Quem agride está doente, desequilibrado na emoção e necessitado de auxílio, compreensão, tolerância e, mais ainda, de perdão.

Cristãos que nos consideramos, sem importar a denominação religiosa que adotamos, a postura solicitada em momentos difíceis como o agora enfrentando pela mentalidade brasileira, é de compaixão com agressores e vítimas. Todos são dignos da misericórdia que norteia o amor ao próximo. A situação de quem agride é muito pior do que quem é agredido. O agredido já se liberta de pendências que aguardavam o momento difícil; o agressor, por sua vez, abre períodos longos, no futuro, de arrependimentos e reparações que lhe custarão dores e sofrimentos.

Nada justifica a crueldade. Sua ocorrência coloca à mostra nossas carências e enfermidades morais expostas, demonstrando a necessidade do quanto ainda precisamos fazer uns pelos outros.

Não podemos julgar. Não temos competência para isso. O histórico divulgado pela mídia já demonstra por si só as carências expostas, entre tantos outros fatos lamentáveis. Mas há a bagagem que não vemos…

O momento é de vibrações uns pelos outros. Todos somos filhos de Deus


A vida de Chico Xavier

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