Fonte: Dr. Adolfo Bezerra de Menezes - Por: Luiz Marini / Pintura de Pedro Américo em 1888

Contam os alfarrábios da história que, em 07 de setembro de 1822, às margens do rio Ipiranga, em São Paulo, Dom Pedro de Alcântara de Bragança, futuro imperador Dom Pedro I, bradou, com a espada na mão, o famoso grito de independência ou morte.

O Brasil colônia se emancipava de Portugal e assumia as rédeas de seu destino. Cumpria-se a promessa de se formar na América do Sul um país que seria, no futuro, o coração do mundo e pátria do Evangelho, no ensino de Humberto de Campos pelas mãos abençoadas de Chico Xavier.

O Brasil libertou-se do jugo de Portugal que, durante três séculos, extraiu as riquezas do país, como verdadeira colônia portuguesa. Cortaram o cordão umbilical com a pátria-mãe, mas ficaram por aqui outros que enriqueceram com os produtos de nossa terra.

A formação do povo brasileiro deu-se com a miscigenação de três raças principais: os europeus, os negros escravos e os índios. Formaram uma raça especial dando os caracteres do brasileiro nascido neste chão abençoado por Deus.

De 1822 até nossos dias construiu-se o Brasil no cabo da enxada, no arreio do burro, na ponta do facão, no ranger das rodas das carroças, na força do caminhão, no poder das plataformas de petróleo, no soar das turbinas dos aviões, na força do povo brasileiro.

Muitos construíram impérios com as mãos limpas, no trabalho honesto, enquanto outros tantos se locupletaram das possibilidades desonestas que apareciam à frente, fazendo com que o país não conseguisse levantar voo como o esperado, pois as ações criminosas destroem as instituições e não deixam que cresçam naturalmente como deveria ser.

Esses homens que não deixam o Brasil crescer, à proporção que deveria, são passíveis de justiça, e, se não pagam enquanto encarnados, quitam seus débitos depois ou em próxima encarnação, quando são cobrados pela justiça divina, que nunca falha.

Deixando à parte os usurpadores da pátria amada, enaltecemos o trabalho que aqui se realiza na preparação do Brasil como pátria do Evangelho, fato que acompanhamos, e, que, com satisfação, afirmamos que está acontecendo.

O Brasil é o país mais Espírita do mundo e quando a pessoa não é Espírita, tem respeito profundo por essa ciência, filosofia e religião, pois medo da morte todo mundo tem um pouco e o Espiritismo é o que melhor explica o mundo espiritual.

Se o povo seguisse realmente Jesus, e apenas Jesus, seria muito mais evoluído e não ficaria estacionado em dogmas que matam o Espírito, nem ficaria aprisionado em vãs perquirições sobre o Espírito que mais levam ao fanatismo que a qualquer outra coisa.

O processo de evolução está ocorrendo e os homens que forem bons haverão de continuar nascendo, vivendo, morrendo, renascendo ainda e progredindo sempre neste país maravilhoso. Eu digo aos amigos que o Brasil e o mundo são uma casa que Deus emprestou para o homem. O homem está maltratando nosso país e nosso planeta. Mas Deus está, lentamente, tirando esses agressores e levando-os a lugares que estejam de acordo com sua espiritualidade e deixando aqui aqueles que têm amor no coração.

Lembro-me das palavras de Jesus: “- Os mansos possuirão a Terra”. Separando os bons dos maus, os mansos haverão de possuir e viver na Terra por infindos séculos, pois Deus quer que o planeta deixe o estágio de “Provas e Expiações” e passe para a “Regeneração” onde apenas os de bom coração aqui permanecerão.

Muito mais que independência do Brasil, que o 7 de setembro signifique a mudança de comportamento do brasileiro, preparando-se, definitivamente, para galgar os degraus que levam à evolução em todos os sentidos.


A vida de Chico Xavier

Informativo do Clube do Livro

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