Fonte: O estudante espírita

Falar sobre desencarne de crianças é sempre uma tarefa complicada e delicada, pois não dá pra comparar a dor de ver um ente querido, ainda na fase da infância, partir.

Entendo que a revolta que isso traz é muito comum, mas mesmo sendo uma coisa comum de ocorrer, devemos sempre combater este sentimento com todas as forças. O sofrimento é praticamente inevitável, mas entender as palavras do Evangelho é fundamental para não culparmos a Deus.

Não! Deus não é injusto com as famílias que veem seus pequenos partirem. Não! Deus também não é o culpado por isso. Prefiro deixar de lado esse julgamento de culpados versus inocentes para podermos entender o que verdadeiramente nos interessa. Para isso, sugiro que assista o vídeo abaixo:

E como diz O Evangelho Segundo o Espiritismo, no capítulo IV quando fala-se de Perda de Pessoas Amadas e Mortes Prematuras, podemos ver que logo no início a descrição de frases que as pessoas costumam falar frequentemente, quando estão de frente a um caso morte de crianças:

“Quando a morte vem ceifar em vossas famílias, levando sem consideração os jovens em lugar dos velhos, dizeis freqüentemente: “Deus não é justo, pois sacrifica o que está forte e com o futuro pela frente, para conservar os que já viveram longos anos, carregados de decepções (…)”

Diante dos dizeres acima, será que Deus é realmente injusto? Será que ele sacrifica crianças no lugar de pessoas mais velhas? Calma! Vamos continuar o desenrolar dessas falas:

“(Deus) leva os que são úteis e deixa os que não servem para nada mais; fere um coração de mãe, privando-o da inocente criatura que era toda a sua alegria”.

Obviamente, não somente o coração da mãe, mas o de toda a família sai machucado, porém o Espiritismo tenta nos ensinar a ver luz onde só queremos enxergar fatalidades:

“Criaturas humanas, são nisto que tendes necessidades de vos elevar, para compreender que o bem está muitas vezes onde pensais ver a cega fatalidade.”

O Evangelho também tenta abrir nossos olhos para dizer que nossa mente ainda é muito limitada para entender que o nosso jeito de entender a justiça é por vezes diferente da Justiça Divina. Muitas vezes, queremos que Deus é que se ponha a obedecer nossas vontades. Adverte-nos também que todo tipo de coisa que nos ocorre, mesmo que muito ruins, tem um motivo justo no fundo e que não poderia ser de um jeito melhor a nossa vontade:

“Por que medir a justiça divina pela medida da vossa? Podeis pensar que o Senhor dos Mundos queira, por um simples capricho, infligir-vos penas cruéis? Nada se faz sem uma finalidade inteligente, e tudo o que acontece tem a sua razão de ser. Se perscrutásseis melhor todas as dores que vos atingem, sempre encontraria nela a razão divina, razão regeneradora, e vossos miseráveis interesses representariam umas considerações secundárias, que relegaríeis ao último plano.”

E vejam como o texto do Evangelho é interessante! Ele nos adverte até do nosso ponto de vista que não consegue se desvencilhar de tudo o que é material:

“É uma terrível desgraça, dizeis, que uma vida tão cheia de esperanças seja cortada tão cedo! Mas de que esperanças querem falar? Das esperanças da Terra onde aquele que se foi poderia brilhar, fazer sua carreira e sua fortuna? Sempre essa visão estreita, que não consegue elevar-se acima da matéria!”


A vida de Chico Xavier

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