Fonte: Jornal MOMENTO ESPÍRITA - Por: Richard Simonetti

Apliquei um passe na Lana, cachorrinha de minha esposa, raça schnauzer.

Pouco depois ela expirou.

– Também, pudera! – criticou um amigo. – Passe em cachorro é veneno. Não leu a observação de Erasto, em O Livro dos Médiuns? Um homem magnetizou um cão e o pobre animal morreu!

Informação equivocada.

Não, caro leitor, não estou exercitando a petulância de contestar um dos mentores da Codificação, valoroso discípulo de São Paulo.

Equivocado estava meu amigo, porquanto Erasto refere-se a alguém que magnetizou um cão com o propósito de servir-se dele para comunicações com os Espíritos, intoxicando magneticamente o pobre animal.

Observemos sua explicação:

… Com efeito, saturando-o de um fluido haurido numa essência superior à essência especial da sua natureza de cão, ele o esmagou, agindo sobre o animal à semelhança do raio, ainda que mais lentamente. Assim, pois, como não há assimilação possível entre o nosso perispírito e o envoltório fluídico dos a n i m a i s , p r o p r i a m e n t e d i t o s , instantaneamente os aniquilaríamos, se os mediunizássemos.

Em se tratando de nossa prezada Lana, o passe apenas a ajudou a desencarnar, porquanto era, digamos, um paciente terminal, vivendo seus últimos momentos na carne.

Isso tem acontecido comigo quando atendo doentes graves. Os confrades até brincam, dizendo que aplico o passe da meia-noite, e que jamais eu seja convocado para esse tipo de ajuda quando estiverem mal de saúde.

Não há nada de assustador, caro leitor. Esse fenômeno é vivenciado por todos os passistas. Ocorre apenas com pacientes terminais que se beneficiam com o passe, sempre acompanhado da oração, no trânsito da morte.

Quanto aos animais, não vejo problema nenhum em aplicar-lhes passes.

Minha experiência tem sido satisfatória nesse particular.

O professor Herculano Pires, que, segundo Chico Xavier, foi quem melhor interpretou Kardec, fala, no livro Mediunidade, Vida e Comunicação, de uma mediunidade zoológica, de médiuns que cuidam de animais enfermos, com tratamentos que incluem o passe magnético.

Destaca o professor:

A assistência mediúnica aos animais é possível e grandemente proveitosa. O animal doente pode ser socorrido por passes e preces e até mesmo com os recursos da água fluidificada.

No livro Conduta Espírita, psicografia de Waldo Vieira, há uma importante observação de André Luiz a respeito do assunto:

No socorro aos animais doentes, usar os recursos terapêuticos possíveis, sem desprezar mesmo aqueles de natureza

mediúnica que aplique a seu próprio favor.

Obviamente podemos incluir o passe magnético dentre esses recursos terapêuticos.

Você já ouvir falar, caro leitor, de pessoas com mão boa para tratar de plantas?

Haverá em suas mãos algum recurso mágico, capaz de fazer vicejar os vegetais? Nada disso, nada que as diferencie quanto à estrutura e

funcionamento.

A diferença está na vibração. São pessoas que gostam das plantas, cuidam bem, conversam com elas…

Assim como os animais, as plantas possuem um princípio espiritual em evolução, sensível às vibrações do

ambiente e de seus cuidadores, atendendo a uma regra básica: quanto mais carinho demonstrarmos por elas, mais viçosas e saudáveis ficarão.

Diz Jesus (Mateus, 25:40):

Em verdade vos digo que quando fizeste a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizeste.

Creio que esse adjetivo é bem mais abrangente do que imaginamos.

Atendendo não apenas os pobres, mas também a todas as expressões da natureza, plantas e animais, abaixo do reino hominal, estaremos servindo a Jesus.

Certamente Francisco de Assis assinaria embaixo.

 


A vida de Chico Xavier

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