Fonte: Letra Espírita - Por: Juliana Procopio - Imagem: Pixabay

Segundo o Livro dos Médiuns “no número das dificuldades que a prática do Espiritismo apresenta é necessário colocar a da obsessão em primeira linha.

Trata-se do domínio que alguns Espíritos podem adquirir sobre certas pessoas. São sempre os Espíritos inferiores que procuram dominar, pois os bons não exercem nenhum constrangimento. Os bons aconselham, combatem a influência dos maus, e se não os escutam preferem retirar-se. Os maus, pelo contrário, agarram-se aos que conseguem prender. Se chegarem a dominar alguém, identifica-se com o Espírito da vítima e a conduzem como se faz com uma criança”.


“A obsessão apresenta característica diversas que precisamos distinguir com precisão, resultantes do grau do constrangimento e da natureza dos efeitos que este produz. A palavra obsessão é, portanto, um termo genérico pelo qual se designa o conjunto desses fenômenos, cujas principais variedades são: a obsessão simples, a fascinação e a subjugação”.

Segundo o LM na questão 245. Os motivos da obsessão variam segundo o caráter do Espírito. Às vezes é a prática de uma vingança contra pessoa que o magoou na sua vida ou numa existência anterior. Frequentemente é apenas o desejo de fazer o mal, pois como sofre, deseja fazer os outros sofrerem, sentido uma espécie de prazer em atormentá-los e humilhá-los. A impaciência das vítimas também influi, porque ele vê atingido o seu objetivo, enquanto a paciência acaba por cansá-lo. Ao se irritar, mostrando-se zangado, a vítima faz precisamente o que ele quer. Esses Espíritos agem às vezes pelo ódio que lhes desperta a inveja do bem, e é por isso que lançam a sua maldade sobre criaturas honestas.

Ainda no livro dos Médiuns na explicação 243. Reconhece-se a obsessão pelas seguintes características:
1) Insistência de um Espírito em comunicar-se queria ou não o médium, pela escrita, pela audição, pela tiptologia etc., opondo-se a que outros Espíritos o façam.

2) Ilusão que, não obstante a inteligência do médium, o impede de reconhecer a falsidade e o ridículo das comunicações recebidas.

3) Crença na infalibilidade e na identidade absoluta dos Espíritos que se comunicam e que, sob nomes respeitáveis e venerados, dizem falsidades ou absurdos.

4) Aceitação pelo médium dos elogios que lhe fazem os Espíritos que se comunicam por seu intermédio.

5) Disposição para se afastar das pessoas que podem esclarecê-lo.

6) Levar a mal a crítica das comunicações que recebe.

7) Necessidade incessante e inoportuna de escrever.

8) Qualquer forma de constrangimento físico, dominando-lhe à vontade e forçando-o a agir ou falar sem querer.

9) Ruídos e transtornos em redor do médium, causados por ele ou tendo-o por alvo.

“Não tendo sido os médiuns nem os espíritas que criaram os Espíritos, mas sim os Espíritos que deram origem aos espíritas e aos médiuns, e sendo os Espíritos simplesmente as almas dos homens, é evidente que sempre exerceram sua influência benéfica ou perniciosa sobre a Humanidade. Seria errôneo, pois, acreditar que os Espíritos só exercem sua influência através das comunicações escritas ou verbais”.

Essa influência pode ocorrer mesmo se a pessoa não acreditar em espíritos ou em vida após a morte, pois está se dá de acordo com as atitudes do indivíduo, sejam elas boas ou más. Portanto, orar e vigiar nossos pensamentos são muito importantes para evitar as influencias negativas de espíritos menos evoluidos e abrir uma sintonia boa com nosso mentor espiritual e as falanges do bem.

Procurar ajuda espiritual em um centro ou mesmo em sua religião (para os que são apenas simpatizantes da doutrina espirita, mas são de outras religiões) é outro fator importante. Onde quer que busquemos Deus e o amor ao próximo e principalmente onde encontramos conforto e uma força para nossa fé em Cristo na busca da verdadeira caridade, Deus se fará presente.

Que sejamos Luz!

Kardec, Allan. O livro dos médiuns; (tradução de Guillon Ribeiro a partir da 49a edição francesa de 1861). – 81. ed. 1. imp. (Edição Histórica) – Brasília: FEB, 2013.

 


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