A conduta educacional dos pais espíritas para com os filhos adolescentes não poderá ser a mesma que se processou quando eles eram crianças.

O adolescente tem a mente mais aberta, já começou o despertar dos diversos novos impulsos em seu mundo íntimo – o inconsciente profundo: o instinto sexual, os desejos amorosos, as tendências para determinado vício ou para nobre atividade, os primeiros sonhos, as fantasias nascidas da mente profunda, o sentimento de viver cada vez mais a liberdade, os complexos e frustrações provindos de vidas passadas, a vontade de imitar os mitos, heróis, líderes e atores; a atração para participar e viver o que o vasto mundo da sociedade global mais lhe chama a atenção.

Se o adolescente normal é grande desafio para pais e professores, que pensar do adolescente rebelde? Sem dúvida, para lidar melhor com os filhos adolescentes mais problemáticos, os pais necessitam formar a mente o coração com certa dose de fortaleza moral, fé esclarecida, clara visão espiritual sobre a família e uma boa capacidade de penetração e compreensão da alma deles.

Saber usar muito o diálogo nobre e amigo, aprendendo a ouvir os filhos com respeito, esclarecer sempre o necessário e orientar sem pressa; doar amizade e simpatia; aplicar a energia da paciência construtiva; aprender a esperar com serenidade os bons resultados dentro do tempo trabalhado; dividir as responsabilidades familiares entre todos, determinar deveres e obrigações nos serviços caseiros; saber se imparcial nas ordens, sem protecionismo ao filho mais obediente e dedicado.

Os pais atenciosos devem testemunhar dentro de sua capacidade de doação dos valores evangélicos, mostrando-lhes que apesar de todas as contrariedades, discussões e desentendimentos que eles detonam a todo instante no recinto doméstico, eles são amados com sinceridade e que os pais lhes desejam toda a felicidade.

As mães e pais responsáveis com a educação espírita aos seus filhos adolescentes devem reconhecer as dificuldades espirituais do filho rebelde – Espírito com grave enfermidade moral – com origem em passado próximo ou distante, sinalizando as sérias necessidades de reconciliação e aprimoramento moral. Solicita os melhores esforços cristãos dos pais para controlar, equilibrar e superar esta fase bastante dolorosa ao coração. Agindo ao contrário, com nervosismo e brutalidade, acusação e impaciência, condenação e distanciamento afetivo, será o processo infeliz de perder a oportunidade de reconciliação e fracassar no amparo espiritual ao filho desorientado.

Será que não é melhor nos esforçarmos um pouco mais agora, nas lutas em família, exercitando as disciplinas evangélicas de fé e amor, coragem e resignação, esperança e devotamento? Experimentemos, então, educando-nos mais com Jesus e sintonizando-nos melhor com os Bons Espíritos!

(Barcelos, Walter. In: A Arte Moral de Educar os Filhos. Votuporanga, SP: Casa Editora Espírita Pierre-Paul Didier, 2004)


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