Por: Vania Mugnato de Vasconcelos

“Não tem problema não ter certeza”. Carl Sagan

Nos últimos meses tratei de vários modos sobre o tema TRANSIÇÃO PLANETÁRIA, explicando sob a ótica espírita que a Terra não mais se classifica de modo absoluto como Mundo de Expiações, pois adentramos na era da Regeneração com a ainda lenta, mas paulatina, implantação das características de um mundo melhor.

Também nos últimos meses tive várias surpresas. DESCOBRI pessoas que não imaginaria, apoiando como eu a ideia de que essa transição não será tão suave quanto se pensa; PENSEI que teria apoio e compreensão da maioria dos incansáveis trabalhadores da seara espírita, mas os vi simplesmente negarem-se a discutir o assunto achando ser tolice, fanatismo, fascinação ou assunto não espírita; PERCEBI pessoas brincarem com o tema e com a preocupação que há em esclarecer que se a transição tiver algum reflexo material (e mudança material gera desconforto, senão dor), precisaremos estar prontos, sem medo do fim, preparados para continuar; CONHECI muitas pessoas preocupadas com o assunto, as quais buscam obter dos espíritas a resposta mais racional, mais lúcida, menos fantasiosa que se possa encontrar a respeito, frustrados quanto a isso, pois, como disse, a maioria acha que está tudo em ordem, que Deus, por ser bom, preservará os bem intencionados, entendendo que é exagero a preocupação com qualquer mudança mais abrupta, sem lembrar da lei de causa e efeito e tudo o que semeamos outrora.

O fato é que o assunto da evolução planetária foi discutido por milênios e para todos os que viveram antes foi apenas especulação, enquanto nós vivemos ao vivo e a cores o que nos levará ao futuro da humanidade terrena. Por isso é importante voltar sempre ao assunto, na intenção de ajudar no preparo de cada alma, para que enfrentem com otimismo, coragem, resignação e fé nos desígnios divinos, quaisquer eventos imprevisíveis.

Quanto ao fim da Terra, está mais do que esclarecido que não será algo material, mas uma alteração de ordem moral, ela não será destruída antes de alguns bilhões de anos. Quanto ao fim da humanidade, isso depende de nós, não do planeta, pois a humanidade é resultado de nossas escolhas, decisões, modo de tratar e nos relacionarmos com a natureza, os animais e o próximo deste e de outros países.

O que podemos esperar? Não sabemos e, como disse Carl Sagan, não há nenhum problema em não ter certeza; mas não seria bom pensar e preparar-se para qualquer eventualidade?

Tenho a convicção absorvida no Espiritismo, de que a transição é eminentemente MORAL. Todos os indícios diretos e indiretos dentro da Doutrina Espírita afirmam que o homem ainda precisa evoluir moralmente para merecer manter-se no planeta Terra, renovado por valores mais nobres. No entanto, sabemos muito bem que não escapamos das plantações realizadas e recordamos que nossa história foi de semeaduras amargas: egoísmo, orgulho, belicosidade, separativismo… sabendo que a lei de causa e efeito existe, por qual razão haveria ela de não nos fazer corrigir tudo o que destruímos ou adulteramos, antes de merecer viver definitivamente num mundo melhor?

Desde a época da criação da Codificação Espírita (1857) fala-se que a era de Regeneração chegou e seria implantada mesmo contra nossa vontade, ou seja, ficará no planeta aquele que estiver dentro do novo padrão planetário. Nenhuma mudança miraculosa irá ocorrer, mas essa mudança aproxima-se a olhos vistos. Observem o mundo com mais atenção: mais pessoas más (joios manifestando-se); mais pessoas boas (trigo dando frutos); mais pessoas questionando, optando por mudar aquilo a que se tinham acostumado (saindo da posição acomodada e omissa); e muitas coisas tidas por “normais” ocorrendo em escala mais frequente e intensa que antes (terremotos, furacões, calor e frio fora de época etc).

Digo a vocês: a transição não será pacífica (digo sem dificuldades), pois não fizemos por merecê-la assim. Mas será menos dura do que seria, pois estamos nos esforçando em mudar para melhor. Não fizemos o suficiente ainda, por isso precisamos de todos focados na certeza de que o “amor cobre uma multidão de pecados” (I Pedro, 4:8) e, em amando para “ontem” ajudaremos que o mundo de expiações torne-se logo, apenas história…

Vamos à luta!


A vida de Chico Xavier

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